quarta-feira, 7 de março de 2012

                       A UNESCO E A CULTURA DE PAZ

Por iniciativa do Diretor Geral da UNESCO, Federico Mayor, a Cultura de Paz tornou-se
a principal vertente da Organização, aumentando a promoção da não-violência, da
tolerância e da solidariedade, e influenciando pessoas de todas as partes do mundo no
sentido de engajarem-se em ações inspiradas por esses valores. Na alvorada do novo
milênio a Cultura de Paz está mais ativa do que nunca em seu esforço em fazer do
"espírito da paz" uma realidade na vida das pessoas.
Como fortalecer a consciência sobre a importância e urgência da tarefa vital que se faz
presente ao final desse século de se promover a transição de uma cultura de guerra
para uma cultura da paz? Como encontrar os caminhos e meios para alterar os valores,
atitudes, crenças e comportamentos do tempo presente?
Muitas guerras têm sido causadas por questões de identidade cultural visando à
destruição do outro; muitos esforços violentos de modernização têm afetado a noção de
identidade dos povos; muitas consequências cruéis são decorrentes da globalização do
intercâmbio cultural e o intercâmbio econômico que levam à desintegração dos valores dos povos.
Atualmente, a intolerância tem suscitado sentimentos de exagerado
nacionalismo, revivendo diferenças étnicas e religiosas e levando milhões ao refúgio e à
perda do "direito de ter direitos".
Em sua busca pela paz, a UNESCQ parte do princípio de que a violência ainda persiste,
no entanto, com uma nova face. Apesar de as formas tradicionais de conflito e guerra
terem diminuído, os orçamentos para segurança da maioria dos países permanecem
elevados, especialmente para o desenvolvimento de armamentos inteligentes de alta
tecnologia, enquanto que os orçamentos destinados ao desenvolvimento social são
constantemente reduzidos. Nas duas últimas décadas, os conflitos internacionais
aumentaram, exacerbando as diferenças étnicas e religiosas.
Em face desse inaceitável estado dos fatos, devemos nos mobilizar em favor da paz e da não-violência, as quais devem tornar-se realidade cotidiana para todos.

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