Por iniciativa do Diretor Geral da UNESCO, Federico Mayor, a Cultura de Paz tornou-se a principal vertente da Organização, aumentando a promoção da não-violência, da tolerância e da solidariedade, e influenciando pessoas de todas as partes do mundo no sentido de engajarem-se em ações inspiradas por esses valores. Na alvorada do novo milênio a Cultura de Paz está mais ativa do que nunca em seu esforço em fazer do "espírito da paz" uma realidade na vida das pessoas. |
Como fortalecer a consciência sobre a importância e urgência da tarefa vital que se faz presente ao final desse século de se promover a transição de uma cultura de guerra para uma cultura da paz? Como encontrar os caminhos e meios para alterar os valores, atitudes, crenças e comportamentos do tempo presente? |
Muitas guerras têm sido causadas por questões de identidade cultural visando à destruição do outro; muitos esforços violentos de modernização têm afetado a noção de identidade dos povos; muitas consequências cruéis são decorrentes da globalização do intercâmbio cultural e o intercâmbio econômico que levam à desintegração dos valores dos povos. Atualmente, a intolerância tem suscitado sentimentos de exagerado nacionalismo, revivendo diferenças étnicas e religiosas e levando milhões ao refúgio e à perda do "direito de ter direitos". |
Em sua busca pela paz, a UNESCQ parte do princípio de que a violência ainda persiste, no entanto, com uma nova face. Apesar de as formas tradicionais de conflito e guerra terem diminuído, os orçamentos para segurança da maioria dos países permanecem elevados, especialmente para o desenvolvimento de armamentos inteligentes de alta tecnologia, enquanto que os orçamentos destinados ao desenvolvimento social são constantemente reduzidos. Nas duas últimas décadas, os conflitos internacionais aumentaram, exacerbando as diferenças étnicas e religiosas. |
Em face desse inaceitável estado dos fatos, devemos nos mobilizar em favor da paz e da não-violência, as quais devem tornar-se realidade cotidiana para todos. |
quarta-feira, 7 de março de 2012
A UNESCO E A CULTURA DE PAZ
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